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sexta-feira, 15 de junho de 2012

MEMÓRIAS DE UMA GUEIXA de Arthur Golden

Título: Memórias de uma Gueixa
Título Original: Memoirs of a Geisha
Autor: Arthur Golden
Editora: Imago

Mais um livro que eu li enquanto tentava ler Emma. Dessa vez eu não li tantos livros paralelos porque não tava de férias, e mesmo não fazendo nada da faculdade, eu acabo não tendo tempo/saco pra ler.

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Memórias de uma Gueixa conta a história de Sayuri, ou Chiyo Sakamoto, uma menina pobre nascida no vilarejo de Yoroido, localizado na costa do Japão. A narrativa é feita em primeira pessoa  e é uma espécie de autobiografia fictícia de uma gueixa que conta a sua vida antes e depois da Segunda Guerra Mundial.

Chiyo nasceu com incomuns olhos cinzentos e aos nove anos, enquanto sua mãe morria de câncer nos ossos e seu pai era velho e pobre demais para continuar sustentando as duas filhas, Chiyo e sua irmã são vendidas, mas cada uma tem um destino diferente. Chiyo vai parar num okiya (local onde as gueixas vivem e são treinadas) e a sua irmã mais velha vai para um prostíbulo. 

Chiyo logo começa o seu treinamento como gueixa, mas quando tenta fugir com a sua irmã (que consegue escapar com sucesso, deixando Chiyo para trás), Chiyo quebra o braço, gerando muitas dívidas ao okiya. Assim, ela é obrigada a abandonar os estudos para se tornar uma gueixa e começa a trabalhar como criada no okiya.

No okiya em que vivia, Chiyo fez amizade com Abóbora, uma menina da idade de Chiyo que também estava lá para se tornar uma gueixa, mas também atraiu a fúria de Hatsumomo, a única gueixa do okiya Nitta e que perseguia Chiyo porque viu nela uma rival em potencial.

Um dia, quando andava deprimida pelas ruas de Gion (principal distrito de gueixas da época), Chiyo encontra um misterioso senhor que é muito gentil com ela, o que Chiyo encara como um sinal divino e a incentiva a tentar novamente ser uma gueixa.

Algum tempo depois, uma gueixa chamada Mameha, uma das maiores gueixas de Gion e rival direta de Hatsumomo, diz que quer ser a irmã mais velha (mentora) de Chiyo, e consegue convencer a dona do okiya a voltar a investir no treinamento de Chiyo. 

Quando Chiyo completa o seu treinamento, alguns anos depois, ela passa a se chamar Sayuri e em pouco tempo, torna-se uma gueixa muito famosa, atraindo rivais e admiradores por onde passava.

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Confesso que não achei a história lá essas coisas, é o básico da menina que supera a pobreza e as dificuldades da vida e consegue realizar o seu sonho, combinado com plot básica de filme adolescente americano (menina nova que entra na escola, não é exatamente popular, mas a garota mais popular da escola passa a odiá-la e armar planos para que ela se dê mal, mas como a menina nova é boazinha, ela vai sempre se dar bem no final).

O que me chamou atenção, é que o autor fez uma pesquisa muito bem feita com relação aos fatos históricos e costumes das gueixas. Ele usou muitos termos específicos o que deu uma maior veracidade à história, não que eu seja uma especialista no assunto, mas eu não senti como se ele só tivesse entrado na Wikipedia e escrito baseado naquilo. A tradução, pelo contrário, estava ruim, ou bem abaixo do satisfatório. Eu não lembro do que especificamente me irritou, mas tinha muita coisa errada e o revisor deixou passar MUITA coisa.

Quanto aos personagens, a única que eu gostei de verdade foi a Mameha, porque a Hatsumomo não era uma diva má, ela era só má e a Sayuri era uma bosta. Sério, um grande amontoado de merda que nasceu muito rabuda e bonita, porque tirando o esforço dela nos treinamentos, ela não fez nada por conta própria. Ela estragou praticamente todas as boas chances que teve e tudo o que conseguiu foi dado por alguém, e não conquistado com o próprio esforço.

Eu vi o filme logo depois de ter lido o livro, e acho que não poderia me decepcionar mais. Eu acho as roupas e maquiagens de gueixas muito lindas e ficava imaginando as cenas mais lindas enquanto lia os livro, mas enquanto eu via o filme, tive a sensação de que tinham feito uma festa a fantasia e todas as mulheres tinham resolvido ir vestidas de gueixa. A maquiagem só lembrava de leve a maquiagem original das gueixas e os kimonos eram robes de cetim um pouco melhorados. Os cabelos também era horríveis. Nem reclamo do elenco que só tinha o Ken Watanabe de japonês, porque o ele foi feito para o público americano, então é muito mais fácil achar atores chineses e coreanos fluentes em inglês do que atores japoneses, mas ainda assim, achei que podiam caprichar um pouco mais no figurino e na maquiagem.

O livro tá muito bem recomendado pra quem quiser conhecer um pouco mais o mundo das gueixas e quiser fazer a imaginar explodir com as imagens descritas nele, mas a história é bem fraquinha. Pra quem viu o filme: leiam o livro, ele é bem melhor.

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