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quarta-feira, 20 de junho de 2012

FRANKENSTEIN OU O PROMETEU MODERNO de Mary Shelley

Título: Frankenstein ou o Prometeu moderno
Título Original: Frankenstein or the modern Prometheus
Autora: Mary Shelley
Editora: Nova Fronteira

Depois de quatro meses, eu finalmente estou fazendo uma resenha de algum livro do Alphabethlon, e como eu disse antes, vou pular Emma por enquanto porque aquele livro é boring demais pra minha vidinha pouco movimentada.

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Frankenstein é um grande clássico da literatura, um ícone da cultura pop e precursor da ficção científica inglesa. Acho que junto com Drácula, é uma das criaturas mais famosas da ficção, fazendo com que a sua história seja muito difundida, mas nem todos sabem a verdadeira história por trás do famoso monstro.

Victor Frankenstein é um jovem nascido em uma boa família, e que desde cedo mostrou grande interesse pelas ciências naturais. Então, quando ele vai para a universidade estudar as matérias que tanto o intrigavam, sua sede de conhecimento e ambição fazem com que ele acredite que possa se tornar um novo deus e criar a vida com as próprias mãos. 

Durante meses ele se tranca em seu laboratório, mergulhado em sua pesquisa, juntando partes de corpos humanos, dando finalmente vida à sua criatura. Quando a criatura abre os olhos, Frankenstein fica atormentado com a aparência monstruosa dela e decide abandoná-la. 

Diante do abandono de seu criador e do repúdio das outras pessoas, a criatura torna-se um ser amargurado e cheio de vingança, jurando vingança a Frankenstein. Por causa do monstro, ele vê a felicidade se esvaindo pouco a pouco de sua vida e vai perdendo seus entes queridos, até que, sozinho no mundo, resolve sair à caça da criatura, antes que ela traga desgraça para o resto da humanidade.

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Ao contrário de Emma, levei menos de uma semana pra terminar de ler Frankenstein, que diga-se de passagem, gostei muito.

Eu ia ler umas análises sobre o livro, mas acabei ficando com preguiça e acabei fazendo a minha resenha direto mesmo. Não que alguém se importe, mas anyway. 

Mesmo sendo um livro curto, de 244 páginas, Frankenstein aborda vários temas filosóficos, então pra começar direito, vamos primeiro ao título: no original, o nome do livro é Frankenstein or the modern Prometheus, que em português ficou como só Frankenstein mesmo e que agora, com a coleção Saraiva de Bolso, a Nova Fronteira resolveu traduzir o nome direto do original, em vez de manter o título já consagrado aqui no Brasil.

A relação entre Frankenstein e Prometeu se dá pelo fato de que ambos desafiam forças superiores e tentam fazer algo que lhes é proibido (Prometeu leva o fogo aos homens e Frankenstein tenta recriar a vida humano). Prometeu, ao dar o fogo aos homens, fez com que ele se tornasse superior aos demais animais, e Frankenstein quis ser o deus de uma nova espécie que ele mesmo criaria. Ambos mais tarde são punidos severamente pelos seus atos.

Outro ponto importante que existe no livro é a relação entre criador e criatura: após anos de trabalho, Frankenstein simplesmente abandona a criatura que havia criado, por ter uma aparência muito feia, o que acaba afetando profundamente no caráter do monstro no futuro. Mais pra frente, no livro, depois de ter lido Paraíso Perdido, a criatura se compara a Adão, mas diz que não lhe foi possível desfrutar do Paraíso, e que nem sequer possuía uma Eva para dividir a sua dor.

Uma coisa que vale ressaltar, é que Frankenstein é o nome do criador, a criatura é chamada de "monstro", "criatura" e "demônio" durante toda a narrativa, mas todo mundo se refere a ela como Frankenstein por causa de uma das adaptações para o cinema, e a partir de então, o monstro passou a ser chamado assim.

Um dos pontos principais que devem ser discutidos com relação ao livro, é o caráter da criatura. Frankenstein o descreve como um monstro cheio de ódio, um ser maligno e sedento de vingança, mas como a própria criatura conta mais tarde, ele não nasceu assim, mas foi influenciado pela sociedade.

Muitos filósofos através da história (Hobbes, Locke, Rousseau, etc) defenderam que o homem não é mau por natureza, mas que adquire essas características conforme as regras e convenções que a sociedade em que vive possui. A criatura tentou ser boa, mas por causa da sua aparência, ele foi maltratado por todos que o encontravam e isso fez com que o seu coração se enchesse de ódio, sentimento esse que acabou sendo voltado contra aquele que o fez daquele jeito: o seu criador.

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Bom, depois desse post longo, vou falar a minha opinião sobre o livro:

Gostei muito dele, principalmente porque é tem uma história densa, mas não é parado como Emma, a ação se desenvolve rápido.

Outra coisa que eu esqueci de falar lá em cima é que não se sabe quem é o vilão da história: o monstro por matar os entes queridos de Frankenstein, ou o doutor, por ter feito a criatura e abandonado ela.

Enfim, criei uma relação de amor e ódio com os personagens do livro (não é bem esse o sentimento, mas não quis perder a frase feita). Fico com dó do monstro porque todo mundo quer matar ele só porque ele é feio ( tá bom que ele tem 2,50m e todo deformado) e quero bater no Frankenstein porque ele largou uma criatura gigante e com capacidades físicas superiores a de um ser humano normal solta por aí, e foi burro o suficiente pra deixar com que ele matasse toda a sua família (sério, dava pra evitar metade disso matando o ser logo no começo).

Enfim, taí a minha resenha. Agora vou ler Grande Gatsby e espero que também seja um livro bom. Vou ler Emma assim que me der vontade/tempo/saco. Até mais.

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