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terça-feira, 17 de julho de 2012

EMMA de Jane Austen

Título: Emma
Autora: Jane Austen
Editora: Nova Fronteira - Coleção Saraiva de Bolso

E finalmente, depois de eras enrolando pra terminar de ler esse livro, eu estou escrevendo a resenha de Emma.

Como eu pra fazer/terminar de ler Emma desde fevereiro e já estamos em julho e eu ainda estou na letra I, a postagem de hoje será o que eu vou chamar de THE ULTIMATE GUIDE TO EMMA. Mentira, não vai ser ultimate porque eu não sou obrigada a montar um perfil dos personagens, só vou escrever a sinopse, analisar a obra, comparar a série de TV com a última adaptação pro cinema e a versão modernizada do romance.

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"Emma Woodhouse, bela, inteligente e rica". É assim que começa esse romance de Jane Austen.

Emma é uma jovem inglesa, filha mais nova do Sr. Woodhouse e que se tornou órfã de mãe quando era ainda muito nova, e por causa disso, foi criada pela governanta da casa, Srta. Taylor.

O livro começa com o casamento da Srta. Taylor, o qual Emma acredita ser responsável por ter acontecido, e partir de então, ela acha que tem um dom para ser "casamenteira" e usa isso como desculpa para manipular a vida das pessoas à sua volta. Então, quando ela conhece a jovem Harriet Smith, Emma tenta fazer com que ela se case com o Sr. Elton, mas as coisas não acontecem como ela esperava.

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Primeiro, eu vou fingir que sou entendida de História (mais uma vez, agradeço à Academia e à Wikipedia por terem possibilitado tudo isso) e vou situar Emma na história da Inglaterra.

Emma é normalmente é descrito como um romance vitoriano, mas não é, e já vou explicar o porquê.

Emma foi publicado em 1815 e é o último romance de Jane Austen a ser publicado antes da sua morte e  na época, o livro não era creditado à autora original por causa do preconceito contra mulheres escritoras que existia na época.

Sendo publicado em 1815, Emma foi escrito e publicado durante o Período Regencial, uma subdivisão do Período Georgiano, antecedente do reinado da Rainha Vitória, ou seja, Emma não é um romance vitoriano, apesar de ter algumas características desse período.

O Período Georgiano vai de 1714 a 1830 e foi marcado pelo reinados dos reis de Hanover: Jorge I, Jorge II, Jorge III e Jorge IV, sendo que o Período Regencial ocorreu entre 1811 e 1820, quando o rei Jorge III, devido a uma doença, foi obrigado a se afastar do governo e quem assumiu o trono durante esse período foi o seu filho, Jorge IV. Muitas vezes o reinado de William IV (1830-1837) é incluso nesse período.

Essa época é marcada por diversas mudanças histórico-sociais, considerando que foi quando começou a Revolução Industrial. A Inglaterra viu a sua divisão de classes se intensificar e as cidades começaram a crescer e ficar cada vez maiores, principalmente por causa do êxodo rural.

O Período Vitoriano começa em 1837 e termina em 1901, com a morte da Rainha Vitória. Esse período é conhecido por ter sido um período pacífico, chamado de Pax Britannica, em que houve uma consolidação social, econômica e industrial, interrompida por um curto tempo pela Guerra da Crimeia em 1854.

Durante a era Vitoriana ocorreu a retomada da arquitetura gótica, e mais tarde haveria uma espécie de conflito entre os estilos gótico e clássico. Nas artes em geral, o racionalismo do período Georgiano começava a ser deixado de lado para dar lugar ao romantismo.

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Agora, minha parte favorita (mentira): A análise.

O tema principal do livro, como dá pra ver é casamento. Embora Emma não tenha interesse nenhum em se casar, ela acredita ter um dom de casamenteira e também acha que consegue compreender a natureza das pessoas, característica que possui por ser muito mimada e superestimar o seu poder de manipulação, fazendo com que não perceba os perigos de interferir na vida alheia e se engane em relação às intenções das pessoas.

Segundo Harriet, um dos motivos para o qual Emma não tem interesse no casamento é porque ela é rica, o que a diferencia das demais heroínas dos romances de Jane Austen, pois ela não busca casamento ou riqueza. 

Emma também parece ser imune à atração romântica ou sexual, uma vez que se mostra surpresa e até indignada quando o Sr. Elton revela que está apaixonada por ela e não por Harriet Smith. Ela não demonstra nenhum interesse nos homens que conhece, e até quando acha que está apaixonada por Frank Churchill, ela não acredita que esse sentimento seja verdadeiro.

Outro ponto importante no romance é que os personagens dão uma grande importância ao status social. Por exemplo, Emma induz Harriet a recusar o pedido de casamento de Robert Martin apenas porque ele é um fazendeiro, e o Sr. Elton não aceita Harriet porque ela tem origem desconhecida. Ele então se casa com a Sra. Elton, uma mulher rica, porém vulgar. Emma em um dos capítulos, humilha a Srta. Bates, uma mulher velha e solteira que vive com a mãe surda e que mal tem dinheiro para se sustentar, dependendo sempre da ajuda de seus antigos amigos de Highbury.

"Quando a flecha do cupido acerta o coração
O peito fica doendo de amor e paixão
E passa o dia todo querendo te ver
Eu só quero amar você"
Além dessas coisas, eu notei em Emma uma relação tsundere entre o Sr. Knightley e a Emma, porque os dois vivem discutindo, mas são uns fofos com as demais pessoas.

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E agora, as adaptações.

Direção:  Douglas McGrath
Ano: 1996

Como podem ver, essa imagem aí do lado é um dos posteres do filme. É claro que tinha um melhorzinho, mas eu queria mostrar que a própria produção ridicularizou tudo, começando com esse poster. Tudo bem que o filme é de 1996, mas quem em são consciência aprova isso?

Enfim, o filme é bem fiel ao livro, até porque não é uma trama complexa e que tem tantos elementos e reviravoltas que partes precisem ser cortadas para que o filme não tenha 5 horas de duração.

Mas é horrível.

Eu sinceramente não sei o que foi pior: as atuações, o elenco composto por gente feia, o sotaque britânico forçado e falso da Gwyneth ou isso. (É o Ewan McGregor, gente).

Foi ruim. Foi triste. Foi quase doloroso.

Título: As Patricinhas de Beverly Hills
Título Original: Clueless
Ano: 1995
Diretora: Amy Heckerling

Agora a gente vai falar de coisa boa (Tekpix). A título de curiosidade, não estou usando nenhuma ordem aqui nas adaptações.

Enfim, Clueless é uma versão modernizada ou até uma paródia de Emma. A história é bem parecida com a do livro, mas claro, com algumas diferenças. Não vou colocar a sinopse aqui, porque se você nunca viu esse filme na Sessão da Tarde ou em qualquer canal de TV aberta que tenha passado, você não deveria estar lendo este post.

Brincadeira, pode ler, contanto que assista ao filme depois.

Clueless tem a intenção de ser uma comédia e foca muito menos nos romances ou nas tentativas de arranjar casamento. Basicamente é um filme que fala sobre meninas ricas que aliviam o stress do dia-a-dia comprando roupas no shopping e conversando nos celulares gigantescos dos anos 90, que tentam ajudar uma menina quase lésbica que curte skatistas maconheiros a virar alguém na vida. E claro: muito melhor do que o filme com a Gwyneth.

Ano:  2009
Formato: Série de TV

O poster ao lado é da mini-série produzida pela BBC em 2009. Ela tem 4 episódios e é linda <3

A história foi super bem adaptada, e quase nada foi cortado, considerando que cada episódio tem duração de 1 hora. 

Gostei muito do elenco, que ao contrário do filme de 1996, é composto só por gente bonita, e tem o Michael Gambon (Dumbledore) como o pai da Emma. Além disso, os personagens ficaram quase todos como eu tinha imaginado no livro, e a Romola Garai é a Emma perfeita (além de ser linda, atuar bem e ter feito Desejo e Reparação).

Vale muito a pena dar uma conferida.

Ah sim, enquanto eu pesquisava sobre Emma, eu descobri que existe uma versão de Bollywood, chamada Aisha, e que é a história de Emma, hoje em dia, na Índia. Muitos medos, mas pelo trailer (que eu só achei sem legenda), parece qualquer comédia romântica americana (que é a plot básica de Emma).

Ó o trailer:

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Yaaay, parte final da resenha!

Pra começar, apesar de ter reclamado tanto, eu gostei de Emma. É, pois é.

O maior problema do livro é que ele é desnecessariamente longo, e a primeira parte é realmente muito boring, mas depois da metade, a leitura flui melhor e o final é todo fofo. Eu não consegui evitar um ataque de fangirl no fim do livro, e nem nas cenas correspondentes no filme com a Gwyneth e muito menos na série, porque ela é toda linda, e a Emma da BBC me deu lições de vida, enquanto a Gwyneth me ensinou que pra falar inglês britânico, é só prolongar os Rs e pronunciar so Ts.

Quando eu tiver um filho, eu vou mandar para que ele seja criado por outra pessoa, e eu queria ser uma das pessoas de Highbury que não fazem nada o dia inteiro, mas ainda assim são muito ricas e ocupadas (pff). 

Bom, essa foi a minha resenha de Emma. Já terminei O Hobbit, mas estou com preguiça de escrever a resenha, e logo mais espero terminar O Intruso.

Beijos.






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